Os trabalhadores e a população pobre de Belo Horizonte, nesse segundo turno das eleições, têm pela frente dois candidatos representantes da burguesia, dois tubarões exploradores do povo que mais uma vez prometem transformar Belo Horizonte em um paraíso na terra.
Se olharmos ao nosso redor percebemos que as promessas não passam de discursos para enganar os jovens, os trabalhadores e darem continuidade aos planos de miserabilidade e desgraças que os capitalistas necessitam para continuar sugando o sangue do povo.
Mas, diante da dura realidade, os discursos destes senhores não passam de frases ôcas.
Segundo o IBGE o rendimento per capita médio, nos domicílios de BH entre setembro de 2006 e setembro de 2007, caiu em 1,9%, atingindo R$ 670,00; ou seja, em um período onde a alta do generos alimentícios e inflação sobem de maneira vertiginosa a renda familiar caindo cerca de 2%, acaba por impactar diretamente a qualidade de vida, significando mais pobreza, mais miséria e criminalidade. Sem contar que em inúmeras famílias a única renda é a de um trabalhador e não ultrapassa um salário mínimo.
Nas escolas públicas além da violencia e dos baixos salários dos professores, implantou-se em várias unidades as cotas de reservas para filhos de policiais ou funcionários influentes. Em algumas, 80% das vagas ficam para essa gente. Para o povo ficam as piores escolas e muito mais longe do lugar de moradia.
O nível do ensino médio cai de maneira violenta tendo alto índice de evasão e formação de muitos analfabetos letrados. As Universidades Públicas, cada vez mais, servem aos filhos da classe média e da burguesia. Muitas deles passam, cada vez mais, a cobrar várias taxas.
Estima-se que cerca de 50 mil crianças até 5 anos de idade não encontram vagas em creches publicas.
Só em 2006, 711 jovens de 12 a 21 anos foram vítimas de mortes violentas, segundo registros do Instituto Médico-Legal (IML) da capital. A média é de cerca de duas mortes a cada dia. Segundo, uma especialista da Vara Infracional da Infância e Juventude, 80% a 90% dos casos estão relacionados ao tráfico de drogas e outros problemas sociais.
Dos 711 casos no ano passado, 489 (68,77%) dos assassinados, foram de jovens entre 18 e 21 anos. Em seguida, aparecem os jovens de 16 a 17 anos com 171 ocorrências, ou 24% do total. Apenas 130 mortes foram classificadas como outras. O restante foi causada por arma de fogo ou outras armas que causaram perfurações e contusões. É extermínio da juventude.
Na saúde os dois candidatos reconhecem que existe mais de 50 mil pessoas esperando cirurgias nos hospitais públicos. Muitos exames demoram tanto para serem realizados que centenas de pacientes morrem antes de realizá-los.
Esses dados demonstram cabalmente que as administrações municipais de Belo Horizonte, desde Patrus Ananias até Pimentel, de fato cuidaram de embelezar o centro da cidade, realizando obras de caráter duvidoso e de altos custos, mas literalmente, abandonaram a população à sua própria sorte. Não se trata apenas de afirmar que a prefeitura deve cuidar das pessoas, como faz o candidato Quintão, ou humanizar o atendimento das políticas voltadas para a pessoa. Ou ainda: continuar o que foi bom e melhorar ainda mais, como promete Lacerda. Essas declarações vêm sendo utilizadas há vários anos por vários candidatos, eleitos ou não, e seguidamente tudo tem piorado.
Sem alterar radicalmente a base do sitema, elevando os salários, dando moradia digna, investindo fortemente na educação e na saúde, na seguridade alimentar, combatendo a especulação imobiliária, dotando as cidade de um eficiente e gratúito sistema de transporte público, fixando o homem no campo, em seu local de origem, por meio da reforma agrária; sem estatizar os bancos e as grandes empresas, é impossível alterar a trágica marcha à miserabilidade. É necessário acabar com o capitalismo!
A Esquerda Marxista em Belo Horizonte, cujos militantes atuam nas lutas da classe trabalhadora e da juventude, sabem que essas mudanças, não podem ser obtidas pela via eleitoral e que elas só podem ser conquistadas pela mobilização direta de todo o povo, onde os trabalhadores da cidade e do campo tomando seus destinos em suas mãos, iniciando a construção de uma sociedade livre e liberta, socialista, erguendo eles mesmos seu próprio e legítimo governo.
Os candidatos, Quintão e Lacerda, estão presos a um círculo vicioso de submissão ao capital, aos empresários, aos latifundiários e banqueiros. Sem uma ruptura com esse círculo, seus programas eleitorais não passam de um punhado de frases de efeito e certamente não serão cumpridos, amanhã, uma vez mais, serão esquecidos e povo continuará na miséria.
Mudanças de verdade não podem ser conseguidas com o Orçamento Participativo que joga migalhas de verbas para a população se degladiar onde elas seriam gastas, o que, onde se aplicou, acabou por lançar o povo de um bairro contra o povo de outro bairro, destruindo as entidades que anteriormente lutavam, e que agora, quando muito, são gestoras da miséria, colaborando com as administrações, perdendo toda a iniciativa de combate e independência.
Agora, com a crise imperialista internacional que avança ameaçadoramente até uma profunda recessão, e que seguramente atingirá violentamente o Brasil, os dois candidatos parecem ignorar tudo e continuam a falar em obras e mais obras, em gerar empregos, melhorar a saúde, a educação. Como? Eles não explicam. Tudo demagogia e oportunismo.
Alguém pode acreditar que as reivindicações por melhores condições de saúde, mais empregos, aumento de salários, redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, fim do banco de horas, moradia de qualidade e educação publica e gratuita, segurança, podem ser satisfeitas por Quintão ou Lacerda? Pode a burguesia estar ao lado dos oprimidos se é ela quem cria os oprimidos, as favelas, a criminalidade e explora os trabalhadores? Qualquer trabalhador ou jovem sabe que não.
Como é possível que os dirigentes do PT e o PCdoB estejam apoiando estes capitalistas? Isto é o contrário do que precisa a classe trabalhadora. O PT e o PCdoB têm pela frente uma enorme responsabilidade. Ambos dizem que defendem os interesses da classe trabalhadora, ambos estão apoiando Lacerda e/ou Quintão, os candidatos da burguesia. Isso é um grave erro e não vai ajudar em nada na luta pelas reivindicações e pelo socialismo. Abandonar o programa socialista para aliarem-se aos exploradores, seus partidos e seus candidatos, equivale a aprofundar a via da desmobilização e das lutas, facilitando o avanço dos poderosos, que, cada vez mais, buscarão em época de crise jogar todo o peso e seu ônus nas costas da população trabalhadora, dos jovens e pobres em geral.
Nós, militantes da Esquerda Marxista que atuamos em Belo Horizonte, declaramos que, diante do atual quadro, tanto o PT quanto o PCdoB deveriam romper com os candidatos burgueses e chamarem o voto nulo, para ajudar a organizar as mobilizações necessárias, avançando nas conquistas das reivindicações e do socialismo.
A Esquerda Marxista, organização que luta pelo socialismo, no PT, na CUT e nas lutas de massas, coerente com sua tragetória de lutas pela independência dos trabalhadores frente à burguesia e seus partidos, declara-se pelo VOTO NULO e chama a vanguarda lutadora da juventude e dos trabalhadores a se juntar a nós, para juntos construirmos o caminho da revolução.
Nenhuma aliança com a burguesia pode levar ao atendimento das reivindicações e ao socialismo.
A EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA SERÁ OBRA DA PRÓPRIA CLASSE TRABALHADORA.
NEM LACERDA , NEM QUINTÂO! PELO SOCIALISMO E PELAS REIVINDICAÇÕES: VOTE NULO.
VENHA SE ORGANIZAR COM QUEM LUTA PELO SOCIALISMO! JUNTE-SE A NÓS!
Contate-nos: wanderci.bueno@gmail.com
Telefone: (31) 3318-3147
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